Não é novidade que uma das coisas que eu mais gosto é
viajar, né? E eu não curto só o fato de viajar em si, amo curtir a viagem dos
amigos também. Fico acompanhando e “babando” nas fotos. Bem, recentemente minha
amiga Andressa me deixou enlouquecida com a última viagem que fez ao lado de
seu companheiro Pedro. Surreal, imagens lindíssimas, paisagens que pareciam
quadros. E um dos lugares, para mim, foi o mais especial. Desde que assisti a
minissérie “Canto da Sereia”, da Rede Globo, sonho com o Parque Nacional de El
Calafate, na Argentina. Algumas cenas foram gravadas lá e na mesma hora que vi
na TV joguei no “santo google” para saber onde era aquele lugar fantástico. E o
casal esteve lá também. E eu pedi para ela TODAS as dicas, pois quero fazer
esse roteiro também. Então compartilho com vocês para se inspirarem. Pode ser
uma opção para a próxima viagem né?
Por Andressa Talon
A partir do slogan FIN DEL MUNDO que o Ushuaia vem se
destacando no roteiro turístico de milhares de turistas, literalmente do mundo
todo. Pelas ruas de Ushuaia e da parte sul da Patagônia argentina
ou chilena, por qualquer atração turística as línguas se confundem, alemães,
australianos, poloneses, ingleses, canadenses, coreanos, japoneses estão com
suas máquinas nas mãos registrando tudo, assim como a gente.
Vamos lá, do início. Vou te passar aqui o roteiro com as
paradas nas cidades para teres ideia de tempo e distância caso queiras ir de
carro, o que na minha opinião é fantástico. Somos acostumados com as estradas brasileiras cheias de
buracos, radares, serras muitos caminhões e muitas curvas! Ao passar a
fronteira, seja na Argentina ou no Chile, as estradas são maravilhosas de
trafegar. Como nesse roteiro
estamos 90% em região Patagônica, as retas infindáveis permitiam que
deixássemos a camionete no piloto automático. Estradas ótimas!
Como adoramos fazer longas viagens de carro, já deixamos uma
térmica pronta com sanduíches, frutas, sucos, energéticos, bolachas.... Não
paramos para almoçar, apenas para abastecer e ir ao banheiro. Na ida fazíamos
em média 750km por dia, para irmos conhecendo as cidades pelas quais colocamos
no roteiro até chegarmos ao Ushuaia. (acredite, não é cansativo! Saíamos pelas
8 da manhã de uma cidade e chegávamos pelas 3 da tarde no destino sem cansar,
afinal, como já expus acima, a estrada não tem stress, é só reta sem
incomodação, aliás a natureza vai modificando a cada centena de quilômetro o
que permite sempre tirar fotos e comentar sobre tudo).
Falando sobre essa dica dica da térmica, ela é muito
importante, principalmente em viagens como esta, afinal, na medida em que se
vai descendo o mapa e avançando para o sul do país, é muito difícil encontrar
sinal de civilização. Para se ter uma ideia, posto de combustível tem a cada
300km. É tudo muito seco, parece desértico, não se vê nada, até que a uma
altura aparece um posto e uma loja de conveniência, é onde o povo aproveita
para comer ir ao banheiro e claro, abastecer. Por isso levamos a nossa comida e
não precisamos perder mais tempo na fila da loja de conveniência. Aliás, fila é o que se vê para abastecer, como os postos são
raros nas estradas da Patagônia, quando se avista um, todos abastecem.
Falando em combustível, na região sul da Patagônia argentina
(pelas cidades de Puerto Madryn, Comodoro Rivadavia, Caleta Olivia, San
Julian... até o Ushuaia) o combustível é muuuuuito barato! É de lá que sai o
petróleo e se encontram as refinarias para abastecer o país. Eles são
subsidiados, então encher o tanque sai barato. A dica nesse caso também é levar
galões de combustível e deixar "na manga". Com essa escassez de
postos por lá, não dá pra dar chance para o azar.
Levamos dois galões cheios de diesel que ficou na caçamba a viagem toda, ao final dela, quando atravessávamos a fronteira com o Uruguai, na aduana eles apreenderam. Não é possível passar para o Uruguai com combustível, o que é uma pena. (O combustível do Uruguai é muuuito caro, então os uruguaios atravessavam a fronteira para comprar o argentino, e por conta disso eles não permitem). Enfim....
Levamos dois galões cheios de diesel que ficou na caçamba a viagem toda, ao final dela, quando atravessávamos a fronteira com o Uruguai, na aduana eles apreenderam. Não é possível passar para o Uruguai com combustível, o que é uma pena. (O combustível do Uruguai é muuuito caro, então os uruguaios atravessavam a fronteira para comprar o argentino, e por conta disso eles não permitem). Enfim....
Ainda em informações preliminares, outra dica muito
importante para quem vai de carro: Levar o seguro carta verde. Sem isso, pode
esquecer a viagem, a polícia de lá, que já tem fama de corrupta e sempre tenta
levar o seu dinheiro de alguma forma, se te pararem e vc não tiver esse
documento, que é obrigatório no país, vc vai ser literalmente assaltado. Se for
de camionete, não esquecer de levar cambão, outro acessório indispensável e
obrigatório. A polícia sempre pára pela estrada e pede o seguro carta verde e
para ver a caçamba pra ver se há cambão.
Vamos lá:
Partimos dia 24 de janeiro e seguimos em direção a São Borja no Rio Grande do Sul para visitarmos alguns amigos, ali é possível passar a fronteira, mas decidimos ir até Uruguaiana e seguimos para a cidade de Lujan na Província de Buenos Aires. Lujan é famosa pelo turismo religioso, lá se encontra a Basílica da virgem de Lujan como se fosse a nossa de Aparecida, em São Paulo.
Partimos dia 24 de janeiro e seguimos em direção a São Borja no Rio Grande do Sul para visitarmos alguns amigos, ali é possível passar a fronteira, mas decidimos ir até Uruguaiana e seguimos para a cidade de Lujan na Província de Buenos Aires. Lujan é famosa pelo turismo religioso, lá se encontra a Basílica da virgem de Lujan como se fosse a nossa de Aparecida, em São Paulo.
No outro dia seguimos
em direção à cidade de Bahia Blanca. Cidade bem estruturada, limpa, segura..
muito bonita, moraria lá fácil! Passamos dois dias em Bahia Blanca em um Apart
Hotel ( o que é mais uma dica que dou: Ficar em Apart Hotel é muito melhor e
mais barato no final das contas. Sempre que possível ficamos em um. Vamos ao
mercado e fazemos nossas refeições em casa, sem gastar muito com restaurante,
sem contar na privacidade e aquele ambiente mais caseiro).
Depois fomos a Puerto Madryn e nesse trajeto pegamos a
primeira centena de quilômetro de apenas reta e mais nada (foto 1).
Foto 1 - Estrada Patagônica
Puerto
MAdryn é uma cidade muito turística e explora muito a praia. Navios atracam com
turistas e as casas são muito bonitas perto da praia. Encontramos muitos
argentinos e chilenos veraneando por lá. Lá tem muita oferta para aulas de
mergulho também.
No outro dia, percorremos mais de 800km (sim, depois de
Puerto MAdryn, existem cidades como Comodoro Rivadavia ou Caleta Olivia mas eram muito próximas de
onde estávamos e queríamos avançar mais, então decidimos descer mais o mapa)
até chegarmos na cidade de San Julian. Cidade pequena, mas se esforça muito no
turismo, (aqui já começamos a colocar mais roupa, o forte vento gelado não deu
trégua). San Julian é importante apenas para dormir e descansar, uma noite é o
suficiente. Lá inclusive tem uma praça chamada "Plazoleta Heroes de
Malvinas", com um jato no tamanho normal e uma estrutura em mármore com os
nomes dos combatentes que morreram na guerra das Malvinas. Nessa cidade já
estamos em uma linha próxima das ilhas Falklands, ou como os argentinos
preferem, Malvinas). É engraçado que por aqui, é possível vermos placas pela
estrada com os dizeres "As malvinas são argentinas".
No outro dia, paramos
em Rio Gallegos, na Província de Santa Cruz, é daqui que saíram os
"Kirchner". Cidade médio porte, bom para dormir apenas.
A uns 300 km de Rio Gallegos fica a fronteira com o Chile.
Essa história de passar fronteira nessa hora é uma "carimbação" no
passaporte. De algum modo, e se analisar no mapa, a Argentina perdeu esse
pedaço de terra para o Chile, e portanto, para se chegar ao Ushuaia, é preciso
atravessar um pedaço do Chile, cerca de uns 200 km, para voltarmos a Argentina
e seguir viagem. (A aduana chilena é ,muito chata, a inspeção sanitária é mais
rígida.)
E é nesse pedaço de terra chilena que tem o chamado Canal de
Magalhães ou Magalhanes como eles chamam. É uma balsa grande, única passagem
para carros, ônibus e caminhões, leva em média 40 minutos de travessia e custa
75 reais. (O Ushuaia fica numa enorme Ilha da Província da Terra do Fogo, por
isso a travessia pela água).
Conta a história que o nome "Terra do Fogo" veio da época em que um desbravador avistava fogueiras por essa região (feita pelos índios, habitantes do local) e dizia que iria para aquela terra onde tem fogo, a terra do fogo.
Conta a história que o nome "Terra do Fogo" veio da época em que um desbravador avistava fogueiras por essa região (feita pelos índios, habitantes do local) e dizia que iria para aquela terra onde tem fogo, a terra do fogo.
Bem, passando a balsa, pegamos 120km do que chamam de rípio,
a famosa estrada de chão com muita pedra (foto 2).
Foto 2 - Estrada de Rípio
Acreditamos ser essa uma
"birra" dos chilenos já que essa estrada leva a Argentina novamente.
É a parte "chata" da viagem, 120 km em estrada de chão com muita
pedra tem que ter um pouco de paciência. Aqui segue-se até a cidade de San
Sebastian, onde mais uma vez carimbam o passaporte para voltarmos a terras
argentinas e seguir viagem em direção ao Ushuaia.
Em terras argentinas, percorremos mais uns 300km até chegar
ao Ushuaia. Nesse momento a paisagem seca
e aqueles retões sem fim dão lugar a montanhas com topo de gelo e o
verde da vegetação, é lindo (guarde bateria na câmera para essa chegada). OS
enormes rios, as montanhas, o verde, tudo muito lindo e deslumbrante, para se
chegar a cidade de Ushuaia tem passar pelas montanhas geladas e esse trajeto é
muito lindo.
O Ushuaia é uma cidade com quase 60 mil habitantes, segundo
dados do censo de 2010. Organizada e voltada estritamente ao turismo. Muitos
hotéis, pousadas, cabanas, restaurantes, bistrôs e um bom comércio atrai
milhares de turistas do mundo todo. A alta temporada é no verão: dezembro,
janeiro e fevereiro em que é possível chegar de avião, navio e com o carro é
mais fácil por não precisar usar correntes e passar por neve na estrada. No
inverno até chega-se de carro, o que é mais complicado e de avião (lá tem aeroporto),
navio não.
Três lugares fundamentais para se conhecer no Ushuaia:
1) O Parque Nacional: a entrada tem desconto para turistas
do Mercosul, o parque é grande, melhor ir de carro. Tem várias estradinhas que
dão acesso a trilhas e lagos. Se quiser fazer trilhas o parque oferece de
vários tipos como trilhas: fáceis, médias, difíceis de 15 minutos, meia hora, 1
hora.... Mas o ponto alto é a Bahia Lapataia, um lugar lindo, e ali possui uma
placa grande escrito "fin da ruta nacional n º 3", ou seja, aquela
estrada que pegamos lá perto der Buenos Aires e que percorremos mais de 3 mil
km até chegar ao Ushuaia, termina ali. (foto 4) Ou seja, "fin del
mundo" meesmo rs.
Foto 4 - Placa na entrada da Bahia Lapataia sinalizando o fim da ruta 3
2) Glaciar Martial: aquelas montanhas de gelo que a gente
vem babando por elas desde o momento em que as avista, é possível chegar lá. O
Glaciar Martial é um dos maiores, e a chegada até sua base é feita de carro, a
estrada é asfaltada até lá. Depois tem duas opções: subir a pé ou pegar aquelas
cadeirinhas. Subimos a pé, uns 40 minutos subindo subindo subindo até chegar na
parte em que tem neve, É lindo e para nossa surpresa, no momento em que
estávamos lá, começou a nevar, um verdadeiro presente da natureza.
3) Passeio pelo Canal de Beagle: Essa é um dos mais
importantes. Se forem ao Ushuaia e não pegares esse passeio, é como ir ao Rio e
não conhecer o Cristo Redentor rsrsrs. O canal de Beagle é grande e é o que
banha toda a cidade de Ushuaia. Para esse passeio tem duas opções: o de 330
pesos (por pessoa) que leva você até a ilha dos pássaros e faz um percurso
menor ou o de 600 pesos que te leva até as pinguineiras e leva 6 horas. Fizemos
esse, e foi fantástico, já na saída do porto é possível tirar foto de toda a
cidade na visão do canal, e por ali a guia vai explicando os locais em que o
barco vai passando (ilha dos pássaros, ilha dos lobo marinhos, do farol... até
chegar às pinguineiras) ali, ele atraca por uns minutos beem pertinho dos
pinguins permitindo que tirássemos bastante fotos. Os pinguins nem se importam.
(foto 9)
Foto 9 - Pinguineiras
O barco é confortável, a dica aqui é levar lanche, a
lanchonete do barco é muito cara e se aproveita disso já que são seis horas de
passeio (sai as 3 da tarde e chega as 9 da noite, que de noite não tem nada, lá
começa a escurecer as 11 da noite).
Ficamos no Ushuaia três dias e foi o suficiente, pegamos
(com antecedência, com reserva pela booking) uma cabana bem de frente para o
Canal de Beagle, vista linda foi fantástico!
Para seguirmos para nosso próximo destino, Punta Arenas no
Chile, era preciso fazer o trajeto de volta até a travessia do Canal de
MAgalhães, ou seja, carimba passaporte para sair da Argentina e entrar no
Chile, pega a estrada de rípio tuuuuudo de novo e fica no Chile e segue para
Punta Arenas. (Dica: essa volta sigam as placas que indica BAhia Azul. Quase
nos perdemos aqui, porque estávamos na estrada de rípio, com pouquíssima
sinalização, o nosso GPS não conseguia localizar a gente direito por essa
estrada e tem muitas bifurcações pelo caminho. Então, onde tiver escrito Bahia
Azul, segue, que é onde vai levar até o Canal).
Punta Arenas, no Chile não nos impressionou muito, é uma
cidade relativamente grande, com arquitetura história e muito limpa, Lá
inclusive possui uma zona franca. Um lugar com diversos shoppings o que pra
gente não foi legal, percorremos todos os shoppings e não valia a pena, os
preços estavam todos em pesos chilenos e não tinha nada que pudéssemos comprar
ali que valesse financeiramente).
O Chile é caro. Caro para comer, para se hospedar, nesse
país optamos por hostels, com quarto e banheiro privativo, saía mais barato, ou
menos caro que um hotel comum. Aliás esse lance de hotéis, só reservamos mesmo
antecipadamente a cabana do Ushuaia, no mais, um dia antes de seguirmos para
alguma outra cidade, pesquisávamos no Booking ou no Trip Advisor, víamos os
preços e os que interessavam, anotávamos o endereço e jogávamos no GPS.
De Punta Arenas, seguimos para Puerto Natales e aqui sim
gostamos. Cidade pequena, aconchegante e estritamente turística. Com muitos
hoteis e principalmente Hostels. Pelas ruas, só se vê turistas do mundo todo,
aliás ouvir inglês ou alemão pela rua já estava ficando bem normal, ela é
banhada por um rio e na volta os montes gelados. Ficamos dois dias, e aqui que
fizemos o passeio até a considerada oitava maravilha do mundo eleita pelo site
VirtualTourist.com que contou com 330 candidatos de 50 países e registrou 5
milhões de votos : Torres del Paine. (foto 5 as torres e foto 6 o parque nacional)
Foto 5 - As torres del paine
Foto 6 - Parque Nacional Torres del Paine
Para esse passeio, fomos até uma agência de turismo e
optamos por deixar o carro no hotel, e isso é ótimo. O ônibus passa no seu
hotel, com guia que vai explicando todo o trajeto em inglês e espanhol, entra
no Parque Nacional e faz diversas paradas para tirarmos foto. Aliás foto foto
foto é o que mais se tira porque é realmente maravilhoso e indescritível a
beleza natural que se vê por lá. O ônibus passa para pegar as 7 da manhã e te
deixa no hotel pelas 6 da tarde. É um dia inteiro lavando a alma com muita
beleza. Aqueles montes de neve, altíssimos, o verde lindo da natureza e os
lagos azuis outros verdes, devido ao minério que desce com o gelo quando
derrete das montanhas. Quando o sol bate nessa água o azul turquesa deixa a
gente extasiado. Vale a pena, e a única frase que sai é "Meu Deus,
obrigada". rsrs
De Puerto Natales, voltamos para a Argentina e pela famosa
Ruta 40, seguimos em direção a cidade de El Calafate. Cidade turística, banhada
por um lago azul turquesa fantástico, com uma importante avenida forte na
gastronomia e no comércio. O que atrai milhares de turistas a essa cidade é sem
dúvidas o Perito Moreno que fica no Parque Nacional a uns 40 km da cidade. Aquele Glaciar enorme que parece uma avalanche que esqueceu
de continuar ou uma onda que congelou é simplesmente deslumbrante. Tem 253 Km
quadrados, o que dizem que é como se fosse uma Buenos Aires congelada. (foto 7)
Foto 7 - Perito Moreno - Parque Nacional de El Calafate
Consegue se chegar
muito perto dele, existem passarelas que dão acesso a várias partes, pode-se
tirar foto mais alto, mais baixo, mais perto e a opção do passeio de barco que
te leva cara a cara com esse gigante gelado.
De Puerto Natales seguimos a uma cidade que não estava no
roteiro, mas muitas pessoas disseram para visitarmos: El Chalten. Essa é a
cidade mais nova da Argentina, tem 28 anos e só foi fundada porque o Chile
quase a tomou. Nela, existe o Monte Fitz Roy (foto 8), lindo, enorme e ideal
para os escaladores de plantão. Aliás, nessa cidade, antro de mochileiros, não
se vê táxis ou transporte urbano, ela é muito pequena, parece uma cidade
cenográfica e muito lindinha. Vimos várias pessoas viajando de bicicleta e
outras pegando carona na rodovia e as pessoas prontas para o trekking mesmo.
Muito europeu por toda a região. Nessa cidade também é possível conhecer o Lago
a uns 30 km da cidade.
Foto 8 - Monte Fitz Roy em El Chalten
Bem, daqui, começamos a fazer o trajeto de volta. Íamos até
Bariloche, mas falaram que a estrada até lá não é boa, por ter partes de rípio.
Como estávamos a três semanas viajando praticamente, deixamos para outra
oportunidade. Voltamos seguindo para Rio Gallegos e subindo o mapa pelas
cidades que fomos (Puerto Madryn, Bahia Blanca... até chegarmos no Uruguai,
onde passamos alguns dias em Rivera fazendo compras rsrs).
Bem dicas finais. Vinho na argentina é muito barato, e o
melhor é comprá-los não e casas especializadas e nem em bodegas, mas em
supermercado. Vale muito a pena! Aquele vinho que vc vê por 80 reais no
Angeloni, no mercado da Argentina vc paga 25 reais. Imagina se não trouxemos
vários. Comida na Argentina o clássimo, bife de chorizo, papa frita e e
ensalada rsrs a carne de lá é
fantástica. No Chile não, carme no Chile paga-se caro e vem um bifezinho.
A gente vê pelo caminho muitas camionetes escrito
"expedição patagônia", todo mundo equipado, parece que está indo a Marte.
Não tem mistério, fomos nós dois e um GPS e com muita vontade de conhecer tudo.
Como o IOF esta altíssimo levamos mais dinheiro em espécie,
e quando precisávamos sacar na Argentina os caixas eletrônicos liberavam uma
quantidade limite de dinheiro 1700 pesos por dia. Cartão de crédito na argentina é um saco, nunca passa em
nada! É uma dificuldade absurda! No Chile passa que é uma beleza, transação na
hora, na Argentina parece até que forçam para que vc pague com dinheiro ou
"efetivo" como eles chamam.
No mais, a viagem é linda e recomendo muito! Eu não
imaginava que existiam tantas belezas por aqueles lados. Foram 3 semanas de viagem e ao final, 11.900 km rodados.
Valeu cada quilômetro.
Show né? Dá vontade de pegar o carro, abastecer e pegar a estrada agora!
Grande abraço,
Simone Malagoli
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